sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quando a pílula falha

Depois de ler abençoada menstruação (crónica divertida da lisbonnew-yorker) lembrei-me automaticamente do meu último grande constrangimento num supermercado. Não foi propriamente na secção dos pensos higiénicos, foi numa secção mais lúdica, vá, as dos preservativos.

Na verdade, não faço a mínima ideia se é costume dos portugueses e portuguesas adquirir este belo acessório nos supermercados. Porque sinceramente, nunca vi ninguém a olhar, ou sequer a levar alguma embalagem dessa secção. No continente do Vasco da Gama a dita situa-se no corredor de alguns produtos de higiene, mesmo em frente às escovas de dentes, pastas e elixires…esta localização pareceu-me uma boa dica, principalmente depois de ver, ontem no telejornal, que as mulheres portuguesas são as mais satisfeitas sexualmente mas que grande parte acha que os homens devem ter mais cuidado com o hálito. Ora, o continente do Vasco da gama já precaveu essa situação!

Mas falava eu da aquisição deste apetrecho que é o preservativo. Na verdade, desconfio que, tal como eu, muita gente é fã da amiga pílula ou outras derivadas (desde pensos a anéis, há uma vasta gama de oferta) e por isso não tenha necessidade de comprar preservativos. Mas isto, supostamente, devia servir apenas para quem tem “parceiro fixo” (que bonito). Ou seja, há, ou devia haver, por aí muita malta a comprar preservativos! E não é nos supermercados!! Por isso, agradecia que me informassem onde é, porque não gostei da sensação de ser a única pessoa mais interessada nos preservativos do que nas pastas ou escovas de dentes. As mulheres olhavam-me como se eu fosse uma obscena pronta para cometer as piores indecências do mundo e os homens, … bem, desses então, nem me quero lembrar da forma como olhavam…

Eu até queria ter ficado a olhar, a escolher! Havia cores e sabores e texturas e um sem fim de opções que não tive coragem para analisar melhor. Limitei-me a agarrar nuns que se diziam “clássicos” e que me pareceram capazes de remediar a situação.

Depois do filme que foi aquele momento na secção, chegou a hora de transportar os ditos na mão (uma vez que não tinha comigo nem cesto nem carrinho). Outra aventura, como podem imaginar. Pagar, não foi assim tão mau porque já lá estava o meu “parceiro fixo” (LOL) e já não me senti uma badalhoca pronta para seduzir machos!

Tudo isto é ridículo, uma vez que comprar preservativos devia ser a coisa mais comum e CERTA de se fazer. Afinal, todo o ser humano faz sexo. E quem não faz, de certeza que quer fazer.

Mas isto é tal e qual como comprar pensos higiénicos ou tampões: é uma aventura! :)
A única diferença é a periodicidade da coisa: uma é mensal a outra é… quando a pílula falha.

E quando a pílula falha e não há preservativo, poderá deixar, também, de haver pensos, e isso, para já, não é bom!


2 comentários:

  1. Adorei esta crónica...fartei-me de rir!!Também já me aconteceu Paula. Sinceramente não sei o que prefiro, comprar preservativos no supermercado (no super a que vou estão ao lado dos cotonetes para bebés...também deve ser uma indirecta!) ou na farmácia (onde apanho um farmacêutico que se ri com aquele ar trocista ou uma sra farmacêutica de idade que me olha com desdém). Devia haver um serviço de preservativos ao domicílio...poupavam-se muitas vergonhas e , sem dúvida, algumas gravidezes indesejadas!

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  2. Paulinha, eu cada vez mais ligo menos ás atitudes dos outros...Espero pelas minhas...

    Preservativos...acho que devemos ir à prateleira com um brilho nos olhos...quem olhar??azar.....
    E desejo sempre a todas as pessoas..felicidades:)

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