Sábado, Outubro 04, 2003
Mau Cheiro em Alcanena
(Autor do texto - Carlos Cunha)
Já é tempo de acabar com a falta de qualidade do ar que respiramos em Alcanena.
Durante algum tempo, a explicação era a “mexida” nas lamas que estavam a ser acondicionadas em local próprio.
Os demais elementos da ETAR, estando concluídos no essencial, não serão (?) motivo para o mau cheiro que se faz sentir, normalmente durante a noite e agora, por vezes, até durante o dia (sempre que se verificam saltos térmicos significativos).
Não há notícia de trabalhos na ETAR.
Não há informação pública.
O povo acomoda-se, cala-se e discute coisas de somenos importância.
O que faz a câmara municipal ? segue o povo...
A autarquia pode e deve agir. Faz parte da administração da AUSTRA.
Exigir explicações e informar os munícipes era o mínimo.
A câmara pode e deve exigir que se tomem medidas para eliminar esta situação. Não se trata de vir para a praça pública acusar a industria ou o governo central.
Em primeiro lugar a autarquia deve exigir documentalmente, as razões que justifiquem este estado de coisas. A partir daí saberá (?) quem é responsável por resolver o problema e pode então exigir as acções necessárias.
A câmara tem todas as condições para estes procedimentos, se se souber impor com respeito e rigor.
(...)
De 1986 a 2000 a autarquia fez propostas ao Estado e aos Empresários, encontrou soluções, angariou milhões de contos para obras, promoveu e executou, exigindo sempre e conseguindo a colaboração de todos.
Fizeram-se coisas e liderou-se o processo.
Criou-se um Sistema, organizaram-se os industriais, a ETAR concluiu-se e começou a funcionar, construiu-se um aterro sanitário e acabou-se com o flagelo das raspas azuis, conseguimos um aterro para as lamas.
Estas coisas não caíram do céu. Lutámos por elas. Tivemos uma estratégia clara, sabíamos o que queríamos. Batemos o pé a Ministros e Secretários de Estado que nos respeitaram e que nos deram o que tínhamos direito.
Porquê agora tudo estar parado ?
E o pior estará para vir. O processo não pára e o sector, não se tomando medidas atempadas, vai sofrer por isso, mais cedo do que se possa pensar.
Depois talvez não tenhamos mau cheiro.
Teremos desemprego, fábricas em ruínas e o desenvolvimento a passar ao lado do concelho...
É preciso PENSAR sobre estas coisas.
Estes são os reais problemas de Alcanena.
Carlos Cunha
Já é tempo de acabar com a falta de qualidade do ar que respiramos em Alcanena.
Durante algum tempo, a explicação era a “mexida” nas lamas que estavam a ser acondicionadas em local próprio.
Os demais elementos da ETAR, estando concluídos no essencial, não serão (?) motivo para o mau cheiro que se faz sentir, normalmente durante a noite e agora, por vezes, até durante o dia (sempre que se verificam saltos térmicos significativos).
Não há notícia de trabalhos na ETAR.
Não há informação pública.
O povo acomoda-se, cala-se e discute coisas de somenos importância.
O que faz a câmara municipal ? segue o povo...
A autarquia pode e deve agir. Faz parte da administração da AUSTRA.
Exigir explicações e informar os munícipes era o mínimo.
A câmara pode e deve exigir que se tomem medidas para eliminar esta situação. Não se trata de vir para a praça pública acusar a industria ou o governo central.
Em primeiro lugar a autarquia deve exigir documentalmente, as razões que justifiquem este estado de coisas. A partir daí saberá (?) quem é responsável por resolver o problema e pode então exigir as acções necessárias.
A câmara tem todas as condições para estes procedimentos, se se souber impor com respeito e rigor.
(...)
De 1986 a 2000 a autarquia fez propostas ao Estado e aos Empresários, encontrou soluções, angariou milhões de contos para obras, promoveu e executou, exigindo sempre e conseguindo a colaboração de todos.
Fizeram-se coisas e liderou-se o processo.
Criou-se um Sistema, organizaram-se os industriais, a ETAR concluiu-se e começou a funcionar, construiu-se um aterro sanitário e acabou-se com o flagelo das raspas azuis, conseguimos um aterro para as lamas.
Estas coisas não caíram do céu. Lutámos por elas. Tivemos uma estratégia clara, sabíamos o que queríamos. Batemos o pé a Ministros e Secretários de Estado que nos respeitaram e que nos deram o que tínhamos direito.
Porquê agora tudo estar parado ?
E o pior estará para vir. O processo não pára e o sector, não se tomando medidas atempadas, vai sofrer por isso, mais cedo do que se possa pensar.
Depois talvez não tenhamos mau cheiro.
Teremos desemprego, fábricas em ruínas e o desenvolvimento a passar ao lado do concelho...
É preciso PENSAR sobre estas coisas.
Estes são os reais problemas de Alcanena.
Carlos Cunha