sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Texto escrito faz hoje precisamente 10 anos


Sábado, Outubro 04, 2003

Mau Cheiro em Alcanena  

(Autor do texto - Carlos Cunha) 

Já é tempo de acabar com a falta de qualidade do ar que respiramos em Alcanena. 
Durante algum tempo, a explicação era a “mexida” nas lamas que estavam a ser acondicionadas em local próprio. 
Os demais elementos da ETAR, estando concluídos no essencial, não serão (?) motivo para o mau cheiro que se faz sentir, normalmente durante a noite e agora, por vezes, até durante o dia (sempre que se verificam saltos térmicos significativos). 
Não há notícia de trabalhos na ETAR. 
Não há informação pública. 
O povo acomoda-se, cala-se e discute coisas de somenos importância. 
O que faz a câmara municipal ? segue o povo... 
A autarquia pode e deve agir. Faz parte da administração da AUSTRA. 
Exigir explicações e informar os munícipes era o mínimo. 
A câmara pode e deve exigir que se tomem medidas para eliminar esta situação. Não se trata de vir para a praça pública acusar a industria ou o governo central. 
Em primeiro lugar a autarquia deve exigir documentalmente, as razões que justifiquem este estado de coisas. A partir daí saberá (?) quem é responsável por resolver o problema e pode então exigir as acções necessárias. 
A câmara tem todas as condições para estes procedimentos, se se souber impor com respeito e rigor. 
(...)
De 1986 a 2000 a autarquia fez propostas ao Estado e aos Empresários, encontrou soluções, angariou milhões de contos para obras, promoveu e executou, exigindo sempre e conseguindo a colaboração de todos. 
Fizeram-se coisas e liderou-se o processo. 
Criou-se um Sistema, organizaram-se os industriais, a ETAR concluiu-se e começou a funcionar, construiu-se um aterro sanitário e acabou-se com o flagelo das raspas azuis, conseguimos um aterro para as lamas. 
Estas coisas não caíram do céu. Lutámos por elas. Tivemos uma estratégia clara, sabíamos o que queríamos. Batemos o pé a Ministros e Secretários de Estado que nos respeitaram e que nos deram o que tínhamos direito. 
Porquê agora tudo estar parado ? 
E o pior estará para vir. O processo não pára e o sector, não se tomando medidas atempadas, vai sofrer por isso, mais cedo do que se possa pensar.
Depois talvez não tenhamos mau cheiro.
Teremos desemprego, fábricas em ruínas e o desenvolvimento a passar ao lado do concelho...
É preciso PENSAR sobre estas coisas.
Estes são os reais problemas de Alcanena. 

Carlos Cunha 

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